ALERTA – ‘Minha irmã é minha metade’ Funcionária pública, que sofria de nefrite, voltou a ter qualidade de vida após receber um rim da irmã

Gina Mardones

Gina Mardones - Elizabete Alves Tognin e Elaine Alves: cirurgia foi realizada há seis anos
Elizabete Alves Tognin e Elaine Alves: cirurgia foi realizada há seis anos

Há oito anos, a funcionária pública Elizabete Alves Tognin, 52, começou a ganhar peso sem causa aparente. Ela procurou um médico e foi diagnosticada com uma disfunção na tireoide. Iniciou o tratamento hormonal, mas não perdia peso. Foi quando uma amiga a alertou de que ela poderia estar com um problema renal. Na consulta com um nefrologista, Tognin descobriu que não estava gorda, mas inchada. E o inchaço era decorrente de uma nefrite. “Eu estava retendo muito líquido e tive indicação para diálise”, conta.

Desde o diagnóstico, uma das irmãs de Tognin, a enfermeira Elaine Alves, manifestou o desejo de doar um rim para livrar a irmã do procedimento. A diálise peritonial era feita quatro vezes ao dia, sete vezes por semana, e cada sessão durava uma hora. “Eram quatro horas por dia que ela tinha que passar por isso. Se viajava, tinha que levar tudo porque não podia deixar de fazer”, relembrou Alves. Foram dois anos de diálise.

Mas o médico que acompanhava Tognin não recomendava o transplante de um doador vivo pelo risco de rejeição do órgão. Foi durante a consulta com outro especialista que ela recebeu o aval para o procedimento cirúrgico. Dos quatro irmãos, duas tinham 75% de compatibilidade. Alves foi a doadora por ser mais jovem, o que diminuía o risco de intercorrências durante a cirurgia. Um ano depois de ter a indicação de transplante de doador vivo, Tognin submeteu-se à cirurgia. Há seis anos ela voltou a ter qualidade de vida após receber um rim da irmã. “Hoje a minha vida é normal”, comenta.

Para a doadora, fisicamente nada mudou. Ela vive bem com um único rim. Para Alves, a grande mudança após o transplante da irmã foi de ordem emocional. É difícil para a enfermeira controlar as lágrimas ao relembrar toda a trajetória. “Quando eu saí da sala de recuperação, após a cirurgia, perguntei aos profissionais se tinha dado tudo certo com o transplante da minha irmã. Quando me disseram que sim, comecei a chorar de tanta emoção”, conta. “Digo à minha irmã que ela é a minha metade”, diz Tognin.

Alvez diz que se pudesse escolher como morrer, escolheria uma morte encefálica para poder ajudar outras pessoas que aguardam na fila do transplante. “Sou enfermeira e essa vivência de ver os pacientes sofrendo me fez querer ajudar. Na minha profissão vi muitas pessoas falecendo pela falta de um órgão. Se eu morrer de morte encefálica, esse único rim que eu tenho também vai ser doado.”

Simoni Saris
Reportagem Local

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