Renato Cunha
Especial para o Diário

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Oriunda da medicina tradicional chinesa, a acupuntura tem tradição de mais de 5.000 anos. Pesquisas revelam que já era usada por volta do ano 3.000 a.C. (antes de Cristo). No Ocidente, a prática foi introduzida a partir do século 19. O tratamento, no Brasil, é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária como especialidade para ajudar animais de estimação doentes.

Em Mauá, a modalidade é aplicada por meio de agulhas de ouro, que facilitam a recuperação dos animais e os ajudam, principalmente, a lidar com a dor. O veterinário Eduardo Lobo, da clínica Veterinários 24 horas, explica quais os principais benefícios do tratamento. “A medicina chinesa mostra outras formas de abordar a saúde dos animais. O ouro tem propriedades físico-químicas que fazem bem para o organismo. Ele tem carga positiva e, a inflamação, negativa”, ressalta o especialista.

Lobo conheceu a arte quando cursava a universidade, e decidiu se especializar no tema. O veterinário destaca que somente a acupuntura não resolve todos os problemas apresentados pelos bichinhos. “A gente usa a medicina integrativa, ou seja, além do tratamento convencional. Também usamos a medicina oriental para auxiliar na recuperação. O ideal é adotá-la para prevenir eventuais problemas. Envolve também a alimentação do animal. Assim, podem viver muito mais e melhor”, explica. Além disso, ele comemora o sucesso do tratamento. “As taxas de cura dos animais são altíssimas, mas há casos em que não dá para fazer milagre. Contudo, podemos melhorar a qualidade de vida do bicho.”

ADEPTAS – Ana Cristina Novaes, 31 anos, é adepta à técnica. Sua cadela de estimação, a poodle Jade, 13 anos, faz tratamento para diabetes. “Um dia Jade passou muito mal porque subiu bastante o índice de glicemia e ela precisou ficar internada na clínica”, conta. Mas, segundo Ana Cristina, o tratamento ajuda a controlar o problema da cadela. “Ela está fazendo acupuntura há três meses e já está bem melhor. Não oscila mais. Além do tratamento com as agulhas, ela também toma remédio manipulado todos os dias de manhã.”

Já Renata Farias, 33, trata de Thor, que tinha sarna. Ela garante que o método é eficaz contra a doença. “Tivemos resultado muito bom. O cachorro agora não apresenta mais nenhum tipo de alergia. Estou muito satisfeita e vejo meu cão tendo qualidade de vida de novo.”

As sessões de acupuntura com agulha de ouro custam, em média, de R$ 60 a R$ 150.

SIMPÓSIO – O veterinário Eduardo Lobo participa em dezembro do Simpósio Ibero-Americano de Medicina Tradicional Chinesa, em Ribeirão Pires. O evento conta com programação repleta de palestras de especialistas no assunto. Serão discutidas novas técnicas e tratamentos de animais. Participam profissionais do Brasil, da Espanha, da Costa Rica e da Venezuela.

O simpósio acontece de 5 a 7 de dezembro, no Hotel Pilar. Mais informações e a programação completa no site www.simposioacupuntura.com.br.

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