No dia mundial do rim, campanha alerta sobre prevenção e tratamento de doenças renais
No Paraná, 1317 pessoas estão á espera de um rim. Em 2018, foram realizados dois transplantes na Santa Casa de Londrina e quatro no Hospital Evangélico. A Elizabete Alves Tognin, de 52 anos, recebeu um rim doado pela irmã Elaine Alves em 2012. Ela conta que fazia hemodiálise e sofria bastante com o tratamento, que era feito três vezes por semana. A notícia que a irmã poderia ser a doadora do órgão foi recebida com muita alegria.
Elaine Alves se diz muito feliz em poder ter ajudado a irmã. Ela, que vive com apenas um rim, ressalta que o único desconforto em todo o processo de doação foi o pós-operatório. Hoje, vida normal e sem nenhuma complicação clínica.
A Sociedade Brasileira de Nefrologia aproveita o Dia Mundial do Rim para desenvolver campanha de prevenção em todo o Brasil. O médico nefologista do Hospital Evangélico, Abel Esteves Soares explica que diversos problemas de saúde podem levar o paciente a ter doença renal, como a hipertensão e a diabetes.
O médico explica que a doença renal é a única que permite que o paciente receba o transplante de uma pessoa viva. Segundo o serviço estadual de transplantes do Paraná, a segunda principal causa de não doação de órgãos, além da falta de condições clínicas, é a recusa da família. Só neste ano, 56 órgãos deixaram de ser transplantados no estado.
Doenças renais são comuns. Entre 8% e 10% da população adulta tem algum problema no funcionamento do rim e todos os anos milhões de pessoas morrem por causa de complicações relacionadas a doença crônica renal, que no início, não apresenta sintomas. Ela pode e deve ser tratada precocemente. Quanto mais cedo se sabe, melhor as chances de receber tratamento efetivo.