Segundo a Organização Mundial da Saúde, a pneumonia atinge mais de 1 milhão de pessoas no mundo. E o período entre o final do outono e o início do inverno, entre os meses de abril e junho, é justamente o de maior incidência da doença, embora os especialistas digam que ela se manifesta durante todo o ano.
A pneumonia pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos e, normalmente, atinge as pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. Os principais sintomas da doença são febre alta e dores pelo corpo, principalmente no tórax. Quando a infecção atinge o organismo, aumentam os problemas respiratórios e a doença se agrava.
O infectologista Felipe Bellinati, do Hospital Evangélico, afirma que entre os principais vilões para se contrair a pneumonia estão as quedas bruscas de temperatura, as aglomerações e o clima seco.
A doença evolui rapidamente e é mais comum e mais grave no organismo das crianças, que precisam de cuidado redobrado. Nessa faixa etária, o sistema imunológico ainda não consegue combater todos os tipos de bactérias, fungos e vírus que entram em contato com o organismo.
O infectologista explica que, muitas vezes, a pneumonia entre as crianças acaba sendo confundida com uma gripe. Felipe Bellinati afirma que além da febre, a pneumonia tem outros sintomas muito claros.
Nos casos considerados mais graves pode ser necessária a internação, principalmente quando se trata de crianças e idosos, se enquadram em grupos de risco por terem o sistema imunológico mais vulnerável. Nestes casos pode-se ter comprometimento da função renal e baixa oxigenação do sangue.
No Hospital Evangélico, a média mensal é de mais 65 internações. Por ano, são mais de 800. Os dados do Hospital também mostram que os idosos e as crianças são os mais afetados pela doença. Entre os meninos de zero a cinco anos, ocorrem 31% dos casos. Já entre as meninas na mesma faixa etária, o número ainda é alto, mas cai um pouco em relação aos garotos, 22%.
Entre os pacientes que precisam se internar, 25% acaba ficando na Unidade de Tratamento Intensivo, em média, por 10 dias. O médico explica que a automedicação é um dos principais problemas relacionados com a doença e podem complicar o tratamento.
O infectologista afirma ainda que a vacina é uma das melhores formas de prevenção da pneumonia. Mas, lavar as mãos sempre que possível, principalmente após frequentar ambientes públicos, é uma dica simples e importante. Além de evitar ambientes fechados e com pouca circulação de ar.