Uma iniciativa sustentável pretende reduzir o uso do papel a zero, agilizando o fluxo de dados entre os setores, melhorando o desempenho e garantindo mais segurança nos processos. O Hospital Evangélico (HE) de Londrina quer entrar na lista de alto desempenho, se tornando o hospital papel zero, o que hoje só existe em dois hospitais brasileiros – em Recife e no Rio de Janeiro. Para isso, está modernizando toda a sua infraestrutura tecnológica.
O HE havia adquirido o seu datacenter em 2010 e com o passar do tempo o equipamento ficou desatualizado. Para manter a operação foi feito um seguro de TI. Um projeto foi desenvolvido internamente para realocar os recursos investidos nesta manutenção para financiar uma nova estrutura, já que o hospital não tinha verba para o investimento. Foi então, adquirida uma estrutura atualizada com o fornecedor HP e o trabalho já está em fase de transição. Com 95% da rede mudada e certificada, foi possível o aumento do tráfego e também do espaço para operação que passou de 20T para 120T, interligando tudo por meio de fibras.
O sistema implantado já está integrando todos os setores e processos hospitalares, gerenciando informações clínicas, assistenciais, administrativas, financeiras e estratégicas, o que garante uma gestão mais eficiente e um melhor atendimento, com segurança e transparência aos pacientes.
Hoje já existe um prontuário eletrônico dos pacientes, por meio de um banco de dados que reúne informações clínicas e assistenciais de todos os atendimentos dos pacientes, o que torna tudo mais simples e facilita o trabalho de médicos, enfermeiros e outros profissionais do hospital. O sistema também possibilita a análise, estatística das informações clínicas e garante a legibilidade total das informações. O médico faz sua assinatura eletronicamente.
Com a evolução do sistema o atendimento será beira leito, o enfermeiro através do leitor de código de barras “bipa” a pulseira do paciente e já tem no sistema acesso às informações imediatas do paciente, dos medicamentos, dosagens e tudo é feito na frente do paciente, como abertura de ampolas e utilização de seringas. O que é chamado de checagem a beira leito.
O projeto já está sendo implantado e será concluído em 2019. Os custos também são reduzidos. Hoje o hospital gasta cerca de meio milhão de reais por ano com outsourcing de impressão, fazendo aproximadamente 8 milhões de impressões. Com a implantação de parte do sistema já conseguiu economizar 30% deste valor, o que é destinado a outros setores. A implantação do projeto ainda se encontra na quarta fase e tem ainda outras duas a serem alcançadas.