Alimentação controlada é uma dasprincipais ferramentas na recuperação pós-Covid

Alimentação controlada é uma dasprincipais ferramentas na recuperação pós-Covid

12/07/2021

Da Assessoria

A vacinação como combate à pandemia da Covid-19 domina a atenção pública, com toda a razão. No entanto, a necessidade de cuidados especiais para as pessoas que se recuperam da virose provocada pelo coronavírus precisa ser divulgada. Não somente para os que desenvolveram os quadros mais graves da doença. Uma ação simples pode potencializar uma ampla e completa recuperação: a alimentação.

A nutricionista clínica Alexandra Jannanni, coordenadora da Bem Multiprofissional, alerta para o aumento de pacientes com quadros que demandam muita atenção na vida pós-Covid-19. Por se tratar de uma doença inflamatória e sistêmica, as especificidades de cada indivíduo exigem uma dieta própria para o ajuste do organismo.

“Não é possível estabelecer um padrão. A Covid-19 provoca diferentes prejuízos para as pessoas. O dano pulmonar é mais comum e a recuperação depende de exercícios, mas isso só é possível a partir de um acompanhamento devido à condição física da pessoa. Já tive paciente com perda de 10% de massa muscular”, exemplifica Alexandra Jannanni.

São comuns os danos nos rins e fígado, graças ao pesado uso de medicamentos, em especial os corticoides. Por isso, a ingestão de líquidos e proteínas varia de pessoa a pessoa. Não basta simplesmente se alimentar, é preciso nutrir corretamente o organismo. “Há uma série de fatores que pesam no sistema imunológico como as vitaminas e diferentes índices medidos nos exames laboratoriais. Às vezes, é preciso manter uma dieta anti-inflamatória até mesmo depois do fim do período que o vírus continua agindo”, avalia.

A manutenção do organismo debilitado pode ser a porta de entrada para outras doenças oportunistas e mesmo sequelas simples, como a demora para a recuperação do olfato, podem ser prejudiciais. “Há pessoas obesas ou mesmo com alto índice de gordura corporal que não precisam recuperar os quilos, mas sim a saúde. Da mesma forma, não adianta repor as vitaminas sem acompanhamento. No caso da vitamina D, há que se ter cuidado porque, em excesso, pode comprometer a saúde”, explica.