O tratamento é composto por diferentes medicamentos, aplicados na veia do paciente, porém têm efeitos colaterais muito diferentes das convencionais, como a quimio e radioterapia (com um perfil muito mais favorável por não apresentar náuseas, vômitos, queda de cabelo e riscos sérios de infecções). Com os avanços observados em vários tumores, são variadas as modalidades de imunoterapia e cada dia mais abrangentes e eficazes. Essa melhora da imunidade incentiva as células imunológicas normais do nosso corpo a identificar e combater as células doentes do câncer, que detêm formas variadas de “se esconder” das nossas células de defesa. O médico oncologista Gabriel Lima Lopes, lembra ainda que Imunoterapia pode modificar as células tumorais e principalmente os linfócitos, por conta da bioengenharia, auxiliando essas células a reconhecerem o câncer.
Um erro de duplicação das células dá origem a uma célula cancerosa, e ela passa a se multiplicar de forma “descontrolada”; após uma sequência de eventos complexa, o tumor adquire a capacidade de não ser reconhecido pelo sistema imunológico e, assim, fazem com que as células de defesa não reconheçam a ameaça, e inibem a resposta imune fisiológica.
A imunoterapia é indicada para casos de cânceres: pele (Melanoma), pulmão, hematológico (sangue) e rim, porém a cada mês vem sendo demonstrada a clara superioridade desse tratamento para tumores de bexiga, pescoço (garganta) e alguns subgrupos de tumores de estômago, mama e cólon. Os estudos científicos com essa estratégia de tratamento são feitos nas fases mais avançadas da doença, onde se demonstram melhores resultados, e vem sendo avaliada não só na forma isolada mas também em combinações com outras terapias, como a própria quimioterapia.
Esse fim da invencibilidade dos tumores vem sendo observado no tratamento de cânceres agressivos, como o de bexiga, que há quase 30 anos não tinha nenhum tratamento novo. No momento, os melhores resultados foram identificados para o câncer metastático de Pulmão e Melanoma, doenças que até pouco tempo atrás tinham um prognóstico muito reservado.
Recentemente aprovado pela Anvisa, esse novo tratamento tem sido oferecido em hospitais privados e por algumas instituições públicas que participam de pesquisa clínica em Oncologia.