A dengue já voltou a preocupar. O novo período epidemiológico, aferido pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (SESA), divulgado nesta terça-feira (26), mostra que Londrina lidera a estatística entre os 399 municípios do estado, com 2.961 notificações. Somente neste ano, a cidade registrou oito óbitos. Em todo o Paraná, neste período epidemiológico, iniciado em 1º de agosto, 244 cidades tiveram suspeitas da doença. Já são 6.736 casos notificados, sendo 301 confirmados. E no próximo verão a situação pode ser ainda mais grave.Com o início da temporada das chuvas, o perigo da multiplicação dos Aedes aegypti é enorme. Isso porque, após aproximadamente 15h da postura, os ovos dos mosquitos conseguem resistir a longos períodos de baixa umidade, podendo ficar até 450 dias no seco.
Campanhas de conscientização e aspersão de veneno são os caminhos básicos, mas sem resultados permanentes a curto prazo. Pesquisas com material genético e estudo do ambiente são algumas alternativas. A biotecnologia já tem respostas assertivas, comprovadas e sem agredir o ambiente ou expor a comunidade a riscos.
O Projeto Controle Natural de Vetores, desenvolvido pela Forrest Brasil Tecnologia, com o trabalho de cientistas brasileiros e israelenses, se mostrou eficiente. Em Ortigueira (PR), numa parceria com a empresa Klabin e o município, a ação já comprovou seus melhores resultados no Paraná. Implantado em novembro de 2020, em seis meses, a redução foi de 92% da população local de mosquitos. O número de pessoas doentes também caiu, de 120 para 4, quase 97%. Não foram registradas mortes.