Durante todo esse mês é celebrado o “Março Lilás”, que é dedicado para conscientizar as mulheres sobre os riscos do câncer de colo de útero. Somente em 2020 foram diagnosticados quase 17 mil novos casos da doença, o que causou a morte de quase 7 mil mulheres, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).
O câncer de colo de útero que também é conhecido como câncer cervical, é causado por alguns tipos de papilomavírus humano, o popular HPV. Cerca de 70% de casos da doença é desenvolvida pelos sorotipos HPV-16 e HPV-18.
A médica ginecologista do HONPAR – Hospital Norte Paranaense, Flaviane Furtado, destaca a importância das mulheres realizarem o exame preventivo papanicolau que deve ser feito anualmente em mulheres com idade a partir de 25 anos, como preconiza o Ministério da Saúde e a avaliação ginecológica deve ser feita também anualmente após o início da vida sexual. Ela ainda aponta que o exame possibilita o rastreio precoce de qualquer anormalidade no colo do útero, antes mesmo da doença se desenvolver. “Geralmente nas fases iniciais da doença as mulheres não percebem nenhuma anormalidade, quando os sintomas começam a aparecer é que a doença já está em um estágio mais avançado, por isso é importante fazer o exame anualmente”.
Os principais sintomas de anormalidade no colo do útero, segundo a médica, é a presença de corrimento vaginal com forte odor, sangramento fora do ciclo menstrual, dor de baixo do ventre e sangramento após relações sexuais.
VACINA HPV
A vacina contra o HPV previne que as mulheres possam desenvolver o câncer de colo de útero. No Sistema Único de Saúde (SUS) meninas com idade entre 9 e 14 anos e meninos com idade entre 11 e 14 anos podem se imunizar gratuitamente, porém a médica ressalta que mulheres com qualquer idade pode se imunizar, mas é necessário conversar antes com o seu ginecologista.
TRATAMENTO
O tratamento depende do grau da doença. Se for em fase inicial, a médica destaca que apenas com pequenos procedimentos cirúrgicos e em casos mais complexos é necessária a realização de histerectomia, que é a retirada do útero, além de quimioterapia e radioterapia.