Médico de Londrina esclarece dúvidas sobre Hérnia Inguinal, a doença de Diego Souza

Médico de Londrina esclarece dúvidas sobre Hérnia Inguinal, a doença de Diego Souza

Vídeo da FOLHA de 2017 tem entrevista com a equipe médica que realizou cirurgia que reduz a taxa de reaparecimento do problema para 1%

Foto: Arquivo Folha/Ricardo Chicarelli/2017

Após o jogador gremista Diego Souza, descobrir que tem Hérnia Inguinal e provocar grande repercussão, internautas, ainda com muitas dúvidas, aumentaram o índice de buscas para entender como é esta doença, seus sintomas, tratamento e cura.

A FOLHA então conversou com o médico Vinicius de Almeida Pelloso, cirurgião geral do Hospital Evangélico de Londrina que esclarece algumas perguntas enviadas por leitores ao jornal pelo canal da Folha de Londrina no Youtube. Segundo ele, a doença surge em jovens homens adultos na região da virilha devido uma fraqueza na parede abdominal, causada pelo esforço físico excessivo.

Mas há casos que atingem crianças que normalmente nascem com a doença, alguns pacientes podem ser operados logo após o nascimento, enquanto outros não. No caso a  hérnia seja pequena, os médicos podem optar por observá-la até os dois anos de idade para ver se ela reduza até sumir. Se isso não acontecer, aí então o paciente deverá realizar a cirurgia.

O único tratamento para reverter a hérnia é realizado através de uma cirurgia que é feita para reconstruir a parede abdominal, o procedimento pode ser feito de duas maneiras, a primeira é técnica tradicional sendo uma cirurgia aberta, tendo anestesia é aplicada no local, enquanto a segunda é por vídeo que minimamente invasiva, possui a anestesia geral, porém as duas possuem o mesmo efeito.

Pelloso acrescenta que se o indivíduo não operar ele tende a ter um prejuízo na qualidade de vida devido a dor abdominal. Algumas pessoas podem ter uma obturação na hérnia que pode afetar algum órgão e uma cirurgia de emergência será crucial, conta.

No entanto é preciso cuidado, a hérnia inguinal pode voltar mesmo após a cirurgia devido alguns fatores, como por exemplo, se o paciente não tomar os devidos cuidados durante o pós operatório – o repouso durante este período é essencial – mas também, pacientes que possuem alguma comorbidade podem apresentar novamente o quadro.

VÍDEO

Em 2017, a FOLHA conversou com uma equipe de médicos de Londrina, que operou quatro pacientes com hérnia inguinal.

As cirurgias foram comandadas por André Luiz Moreira Rosa, de Porto Alegre. Referência em hernioplastia no Brasil, Moreira Rosa é responsável por aprimorar a técnica que pode ser descrita como “correção de hérnia inguinal com mini incisão e tela tridimensional”, bastante difundida nos Estados Unidos, mas uma novidade na região de Londrina.

Enquanto a cirurgia tradicional requer uma incisão de 6 a 8 cm na região inguinal (parte superior da virilha), esta é realizada por uma incisão de 4 cm, utilizando-se apenas de anestesia local e sedação.

Com inserção de tela tridimensional, o procedimento dispensa a internação e reduz a taxa de reaparecimento do problema para 1%.

Veja a entrevista:

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