11 DE NOVEMBRO DE 2021
Antes mesmo da chegada do verão, período em que as doenças provocadas pelo Aedes aegypti atingem seu ápice, o Mato Grosso já apresenta índices preocupantes. Segundo dados até o dia 23 de outubro, já foram notificados 24.967 casos no estado, sendo que foram 28 graves e seis mortes confirmadas, além de outras três em investigação. A incidência é de 716,5 para cada 100 mil habitantes. Vale lembrar que, por causa da pandemia da Covid-19, todos os estados apresentam subnotificação para as arboviroses devido a uma baixa procura pelos hospitais. Mesmo assim, o Centro-Oeste é a região que apresenta a maior taxa de incidência de dengue no país este ano.
Com o início da temporada das chuvas, o perigo da multiplicação dos Aedes aegypti é enorme. Isso porque, após aproximadamente 15h da postura, os ovos dos mosquitos conseguem resistir a longos períodos de baixa umidade, podendo ficar até 450 dias no seco.
Campanhas de conscientização e aspersão de veneno são os caminhos básicos, mas sem resultados permanentes a curto prazo. Pesquisas com material genético e estudo do ambiente são algumas alternativas. A biotecnologia já tem respostas assertivas, comprovadas e sem agredir o ambiente ou expor a comunidade a riscos.
O Projeto Controle Natural de Vetores, desenvolvido pela Forrest Brasil Tecnologia, com o trabalho de cientistas brasileiros e israelenses, se mostrou eficiente. Em Ortigueira (PR), numa parceria com a empresa Klabin e o município, a ação já comprovou seus melhores resultados no Paraná. Implantado em novembro de 2020, em seis meses, a redução foi de 92% da população local de mosquitos. O número de pessoas doentes também caiu, de 120 para 4, quase 97%. Não foram registradas mortes.